quarta-feira, 29 de março de 2017

[Especial] Cinco Motivos para ler "Crônicas de Amor e Ódio"!

Olá! Sejam bem-vindos a mais um "Cinco Motivos"! (tenho uma certa tendência a fazer posts desse tipo? Talvez) Hoje apresento Cinco Motivos para ler as "Crônicas de Amor e Ódio" da deusa Mary E. Pearson! Espera aí, você nunca ouviu falar nela ou nessa série? Por favor, morra saia debaixo dessa pedra que você vive, leia este post e seja convencido a ler e se apaixonar por essa trilogia maravilhosa! (muahahah!) <3


1. Realidade do empoderamento feminino

Lia é uma personagem feminina forte não porque ela usa sua força física ou algum poder especial. O seu “poder” é a capacidade de usar o próprio cérebro e argumentar. Ela é uma mulher normal. Não é que a presença desses poderes e habilidades especiais em livros/filmes/HQs seja ruim. Isso acaba se tornando “ruim” quando o autor usa apenas esse artifício e tenta empoderar uma personagem. A cima de qualquer habilidade, uma mulher forte deve ser capaz de usar a sua inteligência para “lutar”. Claro, existem exceções em que mulheres apresentam maior força física quanto á homens, porém, biologicamente falando, existe uma série de hormônios que conferem maior força á homens, então criar uma protagonista que arregace todos os homens no quesito força, acaba fugindo um pouco da realidade – novamente, é claro que existem exceções, só que infelizmente, na maioria dos casos as mulheres são mais fracas fisicamente...

Se vocês me perguntarem se eu acho isso justo, é claro que eu não acho. Porém precisamos ser realistas e utilizar outros meios para atingirmos a igualdade.

Lia é uma protagonista empoderada porque ela não tenta cair na porrada com os homens, ela conhece as suas limitações, e as vence usando sua perspicácia, argumentação, coragem e inteligência. Ela é alguém repleta de camadas e que sofre sente medo, ao mesmo tempo em que tem coragem e determinação para lutar para ser livre.

2. Originalidade

Ao contrário do que você possa achar lendo a sinopse, esta trilogia não fala das peripécias de uma princesa frágil e mimada que fugiu para encontrar o amor verdadeiro após ser contrariada. Este livro não é regado a muito mimimi, triângulos amorosos e personagens que se vitimizam.


“Era uma vez uma bela princesa prometida em casamento”, se você espera que ela, por mais que haja uma revolta interior, obedeça as regras e se case, este livro não é para você. Lia ao descobrir que foi usada como peão político para fortalecer as relações de seu reino com Dalbreck, o reino vizinho, orquestra um plano para desaparecer de Morrighan e viver a sua vida ditando as próprias regras, afinal de contas ela é dona do seu próprio destino.

Isso tudo poderia ter dado errado se Mary E. Pearson entregasse uma personagem que assim que tem um vislumbre do amor, abandona sua personalidade e esquece de seus ideias para viver esse romance. Porém, Lia é o foco da narrativa. O que ela quer, seus medos e anseios, assim como a sua relação em algo muito maior do que ela mesma: o destino, e como ela é a responsável por escolhas que afetarão milhares de pessoas.

3. Relacionamentos entre mulheres

Olha só! Como se não fosse uma notícia boa existirem outras mulheres, Mary E. Pearson ainda conseguiu criar laços de amor entre elas, viva a sororidade! Caramba que coisa rara! Sarcasmos a parte, Mary E. Pearson cria mais de uma personagem forte, todas a sua própria moda, nenhuma delas é igual a anterior e o papel que cada uma desempenha é muito importante na narrativa.

Sei que parece idiota, mas só o fato de existirem outras mulheres que se relacionam e que o tópico principal de suas conversas não é o “Sr. Machão” torna este livro digno de 5 estrelas. Mulheres conversam sobre seus interesses amorosos, é claro. Mas isso não é o único tema que elas conseguem desenvolver, e isso é muito bem retratado aqui. Por ser uma autora feminista, Mary E. Pearson cria mulheres que sofreram sua dose de abusos, tanto físico quanto psicológicos, porém que se unem para crescer juntas, para resolver seus problemas. Precisamos de mais autoras e autores que façam isso! Não estou falando que todo mundo agora deve sair escrevendo romances feministas mas pelo amor da deusa, chega dessa história de mulheres serem o sexo frágil que devem ser salvas pelo príncipe no cavalo branco e que tratam outras mulheres não como iguais, mas como víboras invejosas...

4. Crescimento dos personagens


Algumas pessoas reclamam da Lia do começo do livro, por ser mimada e voluntariosa. Agora pensem bem: ela é a herdeira de Morrighan, primeira princesa nascida na família real atual... É óbvio que ela vivia sendo paparicada. Apesar de ser mimada, ela sempre tratou as pessoas bem, visto que a sua melhor amiga é sua dama de companhia, Pauline.

Por ter fugido dessa maneira, ela sabia que ela tinha que se esconder ou ser morta no processo – afinal ela é uma traidora do reino de Morrighan, por mais que seja filha do Rei – ela deveria se misturar com as pessoas e arregaçar as mangas. Apesar do berço nobre, ela nunca demonstrou ser esnobe ou ter medo de trabalhar, pelo contrário, ela sempre quis se provar útil e seguir com a sua nova vida.

Ao final do primeiro volume “The Kiss of Deception” já temos uma Lia completamente diferente da garota que fugiu, ela é muito mais independente e tem certeza do que quer. Ao final do segundo volume “The Heart of Betrayal” Lia é uma Deusa. Ela não aceitará mais ser manipulada e jogada como peão por ninguém. Ela é dona da própria vida, portanto dona do próprio destino.


5. Cultura

O universo criado por Pearson é grandioso, onde passado e presente se misturam, criando um reino cheio de lendas, canções e profecias. Ao decorrer dos livros vamos sendo apresentados a algumas dessas tradições, por meio de cânticos e testemunhos que só servem para aumentar ainda mais nossa curiosidade com o que realmente aconteceu no passado, e como isso se relacionará com o futuro. Vemos um pouco mais do passado dos reinos no conto “Morrighan”, e Pearson não decepciona, o negócio dela é criar mulheres fortes. Sério, como não amar?

Espero ter convencido vocês a lerem as “Crônicas de Amor e Ódio”. Se vocês já leram e assim como eu são fãs alucinadas dessa trilogia, como estão os corações para o lançamento do último volume “The Beauty of Darkness”? Oremos para que Mary continue escrevendo livros tão sensacionais como estes para sempre, assim não ficaremos órfãos...

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